No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos da cidade
norte americana de Nova Iorque, realizaram uma grande greve com o propósito de
reivindicar por melhores condições de trabalho. Tomaram a indústria e exigiram entre
outras mudanças, a redução na carga diária de trabalho de dezesseis para dez horas,
equiparação de salários com os homens, que ganhavam até 3x mais desempenhando
o mesmo trabalho, além de tratamento digno. A manifestação foi reprimida com total
violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.
Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, a data ficou simbolicamente
marcada como o Dia Internacional da Mulher.
Da metade do século XIX até os dias atuais, as mulheres vem conquistando cada
vez mais espaço na sociedade. Seja com iniciativas como programas governamentais
de atenção à saúde especializados no sexo feminino, na redução da disparidade de
salários entre os sexos no ambiente de trabalho ou no aumento da participação de
parlamentares na política brasileira. Mas, apesar de todos esses avanços, como a
mulher brasileira está tratando da sua saúde?
O relatório Socioeconômico da Mulher de 2014 mostrou que no campo das
doenças existe a alta prevalência de diabete melito e de hipertensão arterial nas mulheres brasileiras, ambas doenças crônicas não transmissíveis e bastante relacionadas à falta de hábitos saudáveis. Segundo o próprio relatório, maus hábitos aumentam as possibilidades de desenvolvimento de diabetes e de hipertensão, tais como o consumo excessivo de sal, açúcar, álcool e tabaco, além da falta de atividade física.
Outro aspecto que merece atenção é o fato de que as mulheres são a maioria da população obesa do Brasil, independentemente da faixa etária. Confira essa e outras informações em http://www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/livro-raseam_completo.pdf