• Alimentos de Qualidade nas Escolas Brasileiras

    O mês de julho abriga duas homenagens ao principal personagem da economia do Brasil: o agricultor. No dia 28 é celebrado o dia do agricultor, e um pouco antes, no dia 25 o dia do agricultor familiar. Apesar da proximidade das datas, as comemorações têm razões diferentes para existir. Em 28 de julho de 1960, o então presidente Juscelino Kubitschek fundou o Ministério da Agricultura. Já o dia 25 de julho de 1822 foi a data da chegada dos primeiros imigrantes em solo brasileiro, de maneira organizada e em grupo. Até os dias de hoje o Dia do Colono, ou o dia do Agricultor familiar é celebrado em todo o País.

    Em julho de 2015, o Ministério de Agricultura apontou a agricultura familiar como a principal fonte de comida consumida na mesa das famílias brasileiras, representando cerca de 70% dos alimentos em todo o país. Sendo os principais produtos a mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%). A importância do agricultor familiar transgrede as residências dos brasileiros e se expande até as escolas. A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que no mínimo 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) devem ser utilizados obrigatoriamente na compra de gêneros alimentícios provenientes da agricultura familiar.

    No Rio de Janeiro, escolas da Rede Estadual Fluminense dimensionam a importância do programa. Segundo a nutricionista Ana Paula Santos, o fato de os alimentos da agricultura familiar serem produzidos em locais próximos às escolas atendidas é um dos benefícios, já que evita perdas nutricionais durante o transporte e dispensa o processamento dos produtos. De acordo com a Secretaria de Estado de Educação do RJ (SEEDUC), a aquisição de alimentos da agricultura familiar já está presente em cerca de 1.000 escolas da rede estadual fluminense, incentivando a economia local e estimulando a agrobiodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. Para atender aos estabelecimentos de ensino, são mobilizados 91 fornecedores individuais, 18 grupos informais e 25 cooperativas em todo o Estado.