Primeiramente é importante que se entenda que existem dois tipos da doença. No diabetes tipo1 ocorre uma destruição completa das células beta pancreáticas por um processo auto-imune, e, em consequência, uma deficiência total de insulina. Assim, os pacientes são sempre dependentes do tratamento com insulina.
Já no diabetes tipo 2 a hiperglicemia é decorrência de uma deficiência absoluta ou
relativa de insulina, constitui uma condição crônica caracterizada por alterações no
metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. O diabetes tipo 2 representa a forma mais comum de diabetes (cerca de 90% dos casos) e está quase sempre associada a uma
alimentação desregrada e hábitos sedentários de vida.
O aumento deste segundo tipo da doença cresce em proporções alarmantes. Em 2010
estudos da Federação Internacional de Diabetes apontava que o tipo 2 afetava 284 milhões de pessoas em todo o mundo e que a estimativa para 2030 é de que esse número subisse para mais de 438 milhões de pessoas. Um aumento percentual que supera a média de crescimento da população mundial de adultos previsto para os próximos 20 anos. Os dados de hoje corroboram para uma piora dessa estimativa, já que, no mundo, 383 milhões de pessoas já são portadoras da doença.
A relação dos gastos com a doença acompanha o prognóstico crítico. O próprio IDF
estima que na América Latina haverá um aumento de 60% de custo com o diabetes nos
próximos 20 anos, passando dos atuais U$ 8,1 bilhões/ano para U$ 13 bilhões/ano em 2030.
No Brasil um levantamento de 2007 da Sociedade Brasileira de Diabetes dá pistas sobre a
dimensão econômica da doença no país: por ano, um paciente custa R$ 5,2 mil ao Sistema
Único de Saúde, gasto que aumenta para R$ 12 mil no caso de tratamento privado.
No ambiente de trabalho o reflexo da doença também preocupa. Pesquisa publicada
na revista PharmacoEconomics dá conta que nos Estados Unidos, as chances de emprego para uma mulher com a enfermidade caem quase pela metade comparado àquela com o mesmo nível de escolaridade e sem o problema. Por ano, elas também perdem US$ 21.392 de salário. No restante do mundo, os homens são os mais penalizados. No Canadá, por exemplo, um homem com diabetes tem 19% de chance de estar desempregado. Na Inglaterra, o rendimento anual de um trabalhador com a doença sofre perdas de quase 900 libras em função do absenteísmo.
Para quem quiser mais informações, um estudo realizado em 2008 pelo SESI aborda as
tendências do diabetes e de outras doenças para o trabalhador.
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2012/07/09/46/20120827211234
517262u.pdf