• Mais dinheiro no bolso, menos saúde no prato

     

    Pode até ser contraditório, mas a evolução econômica do país representa uma séria (e negativa) mudança nos hábitos alimentares dos brasileiros. Se antes a dupla legitimamente tupiniquim, o arroz e o feijão, era prioridade, hoje ela perde lugar para pizzas prontas, pães, cervejas e refrigerantes.

    É fato. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou, por meio da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada em 2009, que o consumo de itens saudáveis caiu consideravelmente nos lares brasileiros. Entre 2002 e 2009, o consumo per capita de arroz no país diminuiu 40%, e o de feijão, 26%. Em compensação, houve aumento de 39% na compra de refrigerantes e 23% na de cerveja. O trabalho também constatou que os gastos com alimentação fora de casa subiram de 24% para 31% no mesmo período.

    A inversão de prioridades é preocupante para especialistas no assunto. A nutricionista da Sabor Caseiro, Luciana Prussiano Wagner, afirma que a queda no consumo de alimentos essenciais e o aumento dos desnecessários não são positivos do ponto de vista nutricional. "É preciso rever estes hábitos, que podem ser muito prejudiciais. Defendo o consumo de alimentos como o arroz e o feijão, que são fontes proteicas, dão energia e fornecem fibras que ajudam na regularidade intestinal", diz.

    Luciana compartilha, é claro, de uma preocupação que está presente desde sempre no dia a dia da Sabor Caseiro: a qualidade nutricional das refeições oferecidas aos clientes. "Quem come conosco tem a oportunidade de se alimentar de maneira equilibrada, com pouquíssima incidência de itens industrializados. Nós fazemos a nossa parte, só depende de cada um fazer a sua também", lembra a nutricionista. Isto porque a empresa privilegia as preparações caseiras e os ingredientes naturais, que são cuidadosamente selecionados por sua equipe. Os colaboradores também são constantemente treinados e orientados para realizar o preparo das mais de cinco mil refeições diárias da forma mais saudável possível. "É o nosso jeito de contribuir para a qualidade de vida de cada comensal e para a produtividade das empresas que atendemos", finaliza Luciana.

    Particularidades do sul
    Além do poder aquisitivo, a cultura é outro fator decisivo na hora de escolher o que fará parte da alimentação. No sul do Brasil, o hábito de fazer churrasco aos domingos faz com que a média regional anual no consumo de carne seja superior à nacional. Enquanto em todo o país se consome 25,4Kg por pessoa, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná esse número sobe para 35,7kg. Acima da média também está a compra de laticínios, sendo 43,7 Kg a média per capita nacional e 67,4 Kg na região sul.

    Para não cair na armadilha da junk food
    Embalagens coloridas, promoções irresistíveis e a promessa de uma refeição saudável são uma tentação para quem é adepto da praticidade dos alimentos semiprontos. No entanto, vale a pena resistir e investir em alimentos mais nutritivos. A Sabor Caseiro dá dicas de como se alimentar melhor.

    • Coma tudo o que gosta, porém de forma moderada. Uma alimentação controlada permite que se coma de tudo um pouco.
    • Resista aos fast foods. Os alimentos destes lugares são altamente calóricos, pobres em nutrientes e um convite à obesidade.
    • Procure restaurantes que ofereçam opções saudáveis e com preços acessíveis perto de onde você mora ou trabalha. Prefira estes ao invés de cair na tentação das comidas rápidas de micro-ondas.
    • Evite os buffets livres e opte pelo quilo. Em pouco tempo você vai perceber que vale a pena, tanto para o bolso quanto para a saúde.
    • Comidas rápidas podem ser gostosas, mas não se esqueça de que o sabor destes alimentos vem da quantidade de sal, corantes, aromas artificiais e condimentos utilizados.
    • Passe longe do setor de congelados no supermercado e frequente mais o corredor das frutas e verduras.
    • Faça refeições regulares. Pular algumas delas pode levar ao descontrole da fome, o que aumentará a quantidade de comida ingerida na próxima vez que você se alimentar.
    • Reduza, mas não elimine certos alimentos da dieta. Se seu alimento preferido é rico em gordura, açúcar ou sal, você não precisa parar de comê-los, mas deve reduzir as quantidades das porções e o número de vezes que o consome.