• Absenteísmo dá lugar ao presenteísmo

    Nos últimos anos, o índice de absenteísmo por causas médicas tem diminuído nas empresas. A má notícia é que está se registrando uma troca do absenteísmo pelo presenteísmo, que consiste em um funcionário presente no trabalho, porém doente ou desatento e, consequentemente, não desempenhando suas atividades de forma satisfatória e completa.

    Segundo dados levantados nos Estados Unidos, o impacto na produtividade não é apenas relativo ao funcionário alienado. Isso porque este comportamento tem reflexos no restante da equipe, causando dispersão e até mal-estar no restante da empresa.

    Estudos da área de RH revelam que a perda anual das empresas americanas chega a atingir US$ 150 bilhões em função da queda de produtividade causada pelo presenteísmo. Já no Brasil, de acordo com o Internacional Stress Management Association (ISMA-BR), essa perda é de cerca de US$ 42 bilhões por ano, o que equivale a 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

    A pesquisa do ISMA-BR mostrou, ainda, que 89% das pessoas que se identificam com o presenteísmo apresentam sintomas físicos, como dores musculares e dor de cabeça. Além disso, 72% sentem cansaço, 39% sofrem de distúrbios do sono e 28% têm doenças gastrointestinais.

    Diminuindo danos

     Ainda que várias causas do presenteísmo independam da empresa – dificuldades financeiras e falta de equilíbrio da vida pessoal, por exemplo – é possível coibir seus reflexos no ambiente de trabalho. A Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), juntamente com a Universidade de Michigan, desenvolveu uma série de conselhos para o empregador que quer diminuir os danos. Veja:

     

    • Faça avaliações periódicas de saúde e estilo de vida dos funcionários;
    • Elabore um programa de qualidade de vida que busque o estilo de vida saudável e a redução de fatores de risco;
    • Revise as políticas internas para apoiar o equilíbrio da vida pessoal e profissional;
    • Faça uma avaliação ergonômica e de clima organizacional;
    • Crie programas que ajudem os profissionais de baixo risco a permanecerem sadios.

     

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