• Especialistas criticam uso de suplementos na alimentação das crianças

    Em fevereiro deste ano, um vídeo postado por um educador físico criou polêmica nas redes sociais: para mostrar que, na sua casa, a família está empenhada em cuidar do corpo e manter a forma, Marcelo Augusto resolveu substituir o café da manhã de sua filha de nove anos pela suplementação alimentar.

    Entre os suplementos citados pelo educador, estão as cápsulas de vitamina C, complexo B, polivitamínico, óleo de fígado de bacalhau, aminoácidos, colágeno, Whey Protein e BCAA. Tais aditivos são utilizados por atletas que realizam, frequentemente, exercícios de musculação e desejam a hipertrofia. A reação negativa veio não só por parte dos usuários do Facebook, como também de especialistas da área da saúde.

    Suplementos prejudicam o desenvolvimento infantil

    Para o pediatra Paulo Tauti Maluf Júnior, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de SP, além desses suplementos não serem indicados para crianças, o uso em excesso pode comprometer, futuramente, o funcionamento de alguns órgãos. Ele cita como exemplo o sobrecarregamento dos rins e o desenvolvimento excessivo da musculação cardíaca.

    Sendo assim, não é recomendado substituir as refeições diárias por suplementos alimentares.  Para ajudar no desenvolvimento infantil, a nutricionista Karen Schloffer sugere aos pais que incluam no cardápio das crianças alimentos naturais e ricos em nutrientes, desde frango, peixe e feijão até a linhaça e o grão-de-bico.