• Alimentos falsos: eles podem não ser o que parecem

    A gente já sabe que, infelizmente, a indústria alimentícia não é 100% confiável. Os rótulos são, muitas vezes, pensados para ludibriar o consumidor, que acaba levando gato por lebre, e os processos de produção nem sempre são como deveriam. Nos EUA, a ONG U.S. Pharmacopeial Convention revelou que entre os alimentos mais camuflados naquele país estão o azeite, que é vendido misturado com óleos mais baratos, o chá, que é diluído com outras ervas – até grama! – e temperos como páprica e açafrão, que são adulterados com corantes.

    Entre os alimentos que podem não ser o que parecem, estão alguns bastante populares e que você provavelmente come com certa frequência. Confira:

    Chocolate

    As leis brasileiras são claras em relação ao que é um chocolate: é preciso ter pelo menos 25% de cacau. Acontece que um em cada três chocolates fabricados no Brasil não concentra essa quantidade de cacau e, portanto, não pode ser considerado chocolate. Estima-se que praticamente 35% dos chocolates comuns produzidos pelas grandes empresas alimentícias são doces “tipo chocolate”. Em vez de cacau, esses doces contém altas quantidades de açúcar e gordura.

    Pão e biscoito integral

    Alimentos integrais são grãos que não passam por um processo de refinamento, preservando suas fibras. No entanto, a legislação não estabelece nenhuma regra para a fabricação desses produtos – por exemplo, uma porcentagem mínima de farinha integral –, comprar pães e biscoitos integrais no Brasil não é tão fácil quanto parece. Comece a ler as embalagens com atenção e você vai reparar que a maioria desses alimentos também inclui farinha refinada na composição. Em alguns casos, a porcentagem de farinha integral pode chegar a apenas 30%. Por isso, lembre-se desta dica: o pão realmente integral tem de 3 a 5 gramas de fibras a cada 50 gramas de pão. Fique de olho na tabela nutricional.

    Cereja

    Por essa você não esperava: aquela cereja em calda que enfeita deliciosos doces pode ser feita de... chuchu! Como a cereja é uma fruta cara no Brasil, os confeiteiros muitas vezes recorrem a este truque culinário que transforma o chuchu em cerejas em calda. Por isso, aquela cerejinha que enfeita a fatia de bolo por cima do marshmallow provavelmente é uma farsa.

    Kani

    Muito usado na culinária japonesa, o kani é supostamente feito de carne de siri processada. Só que carne de siri é muito cara, o que nos leva à verdade em relação a este snack oriental: sua principal matéria-prima é o surimi, uma massa feita de carnes de diferentes tipos de pescados e misturada com coisas como amido de trigo, clara de ovo, açúcar, extrato de algas, extratos aromatizantes de caranguejo e lagostas, sal, vinho de arroz e até glutamato monossódico, uma substância difícil de ser metabolizada pelo corpo e que pode até causar câncer. Já o pigmento rosa é a colchonilla, um corante alimentício avermelhado que é obtido esmagando-se um inseto vermelho de mesmo nome.

    Manteiga de pipoca

    Aquele cheirinho de pipoca amanteigada de cinema também pode ser uma farsa. Para você ter uma ideia, em 2011, redes de cinema norte-americanas se recusaram a informar exatamente o que eles colocam em suas pipocas. Manteiga é cara e existem alternativas mais baratas e que não deixam a pipoca tão murcha: as pipocas de cinema costumam ser banhadas com óleo de soja com sabor artificial de manteiga, além de um pouco de betacaroteno para ajudar na cor.

    Fonte: Revista Galileu