• É para criança, mas não é saudável

    Hoje, 50% da publicidade dirigida às crianças trata de alimentos. E desses 50%, mais de 80% dos produtos não são saudáveis. Os dados, apresentados pela senadora Ana Rita Esgario (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, serviram de base na argumentação da audiência pública que debateu, no dia 29 de agosto, a regulação da publicidade de alimentos direcionada a crianças.

    Aproveitando a discussão do tema, o Instituto Alana e a ANDI Comunicação e Direitos lançaram, durante a audiência, o livro “Publicidade de Alimentos e Crianças: regulação no Brasil e no mundo” (Saraiva). A publicação é fruto de uma parceria com a LIDS (Harvard Law and International Development Society), programa da Universidade de Harvard que pesquisa temas de grande relevância social e que conjuguem aspectos jurídicos, de políticas públicas e de desenvolvimento internacional.

    Com exemplos de sete países (Canadá, Austrália, Estados Unidos, União Europeia, Suécia, França, Alemanha e Reino Unido) pesquisados pela LIDS, o livro compara as possibilidades de regulação, além de trazer um panorama sobre o contexto brasileiro para este assunto. A especialista inglesa Corinna Hawkes assina um artigo na parte final do livro, no qual reforça as orientações da OMS: “Já conhecemos o efeito do marketing de alimentos sobre as crianças e sabemos que o efeito é contrário à preservação de sua saúde no curto e no longo prazo. Isto, em si, constitui um indício suficiente para que os governos tomem medidas em relação ao marketing de alimentos e bebidas para crianças.”

    Referência: http://defesa.alana.org.br/post/60100863853/publicidade-de-alimentos-e-direitos-humanos