• PIB verde

    E se fosse possível medir a riqueza em recursos naturais, capital econômico e social de cada país, assim como é medido em cifras o Produto Interno Bruto (PIB)? Pois agora é. A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou durante a conferência Rio+20, que vai até o dia 22 de junho no Rio de Janeiro, o Índice de Enriquecimento Inclusivo (IWI na sigla em inglês), uma espécie de “PIB verde” que mede a capacidade das nações em avançar de forma sustentável e social.

    A equação que leva ao resultado do novo índice não soma apenas as reservas monetárias que cada nação atinge ao término de cada ano: na fórmula, áreas agrícolas exploradas, florestas, reservas minerais, educação, pobreza e outros itens são contabilizados e permitem descobrir por quanto tempo um país pode crescer economicamente sem levar em consideração seus recursos naturais e a vida das pessoas.

    As primeiras respostas já existem e não são nada animadoras. De todas as nações avaliadas, apenas o Japão conseguiu crescer e ter um “saldo verde”. As outras estão com as contas bancárias mais gordas, porém devendo aos montes ao meio ambiente. O Brasil, por exemplo, aumentou seu PIB em 34% de 1990 a 2008. Para chegar a este resultado, degradou tanto os recursos naturais que retrocedeu 25% em preservação. Triste saldo.

    Com o IWI, a ONU espera obter um acordo mundial ainda durante a conferência para traçar caminhos que levem a uma realidade inclusiva, uma “economia verde”, e não usar mais o PIB como medida de prosperidade. Enquanto não sai um resultado efetivo, cada um faz a sua parte para reverter este panorama negativo. Combinado?