• Obesidade está entre fatores de risco do diabetes

    Neste 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes, o Instituto da Criança com Diabetes aproveita para fazer um alerta: existem nada menos que 366 milhões de pessoas com a doença em todo o mundo, sendo que aproximadamente 10% são portadoras do diabetes tipo 1, sua forma mais grave, que atinge principalmente crianças e adolescentes. No Brasil, hoje, 12 milhões de pessoas são portadoras da doença. Já no Rio Grande do Sul, calcula-se que nove mil crianças e adolescentes sofrem de diabetes tipo 1 e, a cada ano, 200 novos casos são diagnosticados – a obesidade crescente entre os jovens é apontada como uma das causas do aumento da incidência do diabetes nessa faixa etária. Em relação ao diabetes tipo 2, são mais de 400 mil adultos, 9,7% da população acima de 25 anos no Estado.

    Se o panorama atual assusta, o futuro é ainda mais preocupante. A IDF estima que, em 2030, serão 552 milhões de pessoas com diabetes, e a expectativa de mortes em decorrência da doença deve chegar a 3,8 milhões/ano em todo o mundo – cerca de 6% da taxa de mortalidade mundial.

    Para reforçar o alerta para os riscos da diabetes e sua prevenção, ao longo de toda a última semana ocorreu a “Semana Azul”, que, no mundo todo, iluminou monumentos e prédios históricos com canhões de luzes azuis – símbolo da campanha.  Em Porto Alegre, os prédios do Instituto da Criança com Diabetes e do Museu de História da Medicina do RS apoiaram a iniciativa.

    Conheça os fatores de risco:

    Idade, Sexo e Grupo Étnico

    A maior incidência de diabetes tipo 1 ocorre entre os 10 e os 15 anos de idade, e é semelhante para ambos os sexos. A incidência e prevalência do diabetes tipo 2 aumentam acentuadamente com a idade, particularmente após os 40 anos, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens. O diabetes tipo 1 é mais frequente na população branca do que nos outros grupos étnicos. Já o diabetes tipo 2 é mais prevalente nos demais grupos étnicos do que na população branca.                

    Obesidade

    Obesidade não está associada com o desenvolvimento do diabetes tipo 1, porém é importante fator de risco para o diabetes tipo 2 (3 vezes mais), bem como para o diabetes gestacional (2 vezes mais).

    Sedentarismo

    O sedentarismo não está relacionado com o surgimento do diabetes tipo 1. A inatividade reduz a tolerância à glicose, e o exercício físico a melhora. Como o sedentarismo favorece a obesidade, que por si só é um importante fator de risco para o diabetes tipo 2, o exercício físico poderá reduzir o risco de desenvolver esse tipo de diabetes.

    Diabetes Gestacional

    Mulheres que apresentam diabetes gestacional possuem elevado risco de virem a desenvolver diabetes posteriormente. Estudos prospectivos mostram que 60% das mulheres com diabetes gestacional progrediram para diabetes, num período de 16 anos.

    Fatores Ambientais

    Fatores ambientais podem ter um papel importante na gênese do diabetes tipo 1. Tem-se observado, em vários países, uma variação sazonal de sua incidência. Algumas observações sugerem que um fator ambiental como vírus (sarampo, rubéola, caxumba, coxsackie B4) ou uma resposta imune a fator ambiental pode causar diabetes tipo 1, em indivíduos geneticamente suscetíveis.

    Fatores Genéticos e Familiares

    Indivíduos que possuem certos marcadores genéticos (alguns genes do sistema HLA) apresentam um risco de 4 a 9 vezes maior de desenvolver diabetes tipo 1 do que os que não possuem. Entretanto, a recorrência familiar não é comum neste tipo de diabetes. Já os familiares em primeiro grau de indivíduos com diabetes tipo 2 apresentam de duas a seis vezes mais chances de virem a desenvolver diabetes do que pessoas sem história familiar, da mesma idade.

    Fonte: Instituto da Criança com Diabetes (http://www.icdrs.org.br/)